Páginas

Mostrando postagens com marcador Maria. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Maria. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Silêncio de Maria

Ela sempre soube ouvir e acatar a vontade de Deus e, a partir da Anunciação, aceitou o
seu chamado, no silêncio.
Não saiu gritando aos quatro ventos que seria a Mãe do Filho de Deus e que tinha sido
a escolhida; afinal de contas, não foi isso que Deus havia lhe pedido.
Esse acontecimento nos faz refletir, pois precisamos buscar a sabedoria do silêncio e da
alegria íntima e verdadeira com Deus.
Maria não sentiu orgulho, nem vaidade, para contar esse grande acontecimento. Seus
sentimentos eram outros. Tudo era um mistério e somente Deus poderia revelá-lo.
Ela, quando voltou da casa de sua prima Isabel, não contou nada do acontecido nem
para José, seu noivo e futuro marido.
Você já imaginou a angústia dela e a dúvida de José?
Maria silenciou. Sabia que somente Deus poderia desvendar este mistério escondido no
seu silêncio.
E quanto à mãe de Maria? Será que ela soube da Anunciação nesta ocasião?
Certamente não. Seria possível que, na sua enorme emoção contasse ao menos para
um parente próximo, e este a outro e, assim por diante, e dessa forma todos viriam a saber e
nada entender.
Era melhor o silêncio, que também não seria entendido, mas que não poderia ser
contestado.
Maria se cala e Deus fala...
"José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa; o que nela foi
gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele
vai salvar o seu povo dos seus pecados."
Maria é esposa e, como tal, silencia suas vontades em favor de José.
"As mulheres sejam submissas aos maridos, como ao Senhor. Pois o marido é a cabeça
da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual ele é o Salvador. Por outro
lado, como a Igreja se submete a Cristo, que as mulheres também se submetam em tudo, a
seus maridos."
"Durante a instrução, a mulher fique escutando em silêncio, com toda a submissão. Que
ela não ensine, nem mande no homem, mas fique em silêncio."
E é José quem determina o que é preciso fazer e como fazer, porém com respeito e
muito amor.
"Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo também amou a Igreja e se entregou
por ela... É assim que os maridos devem amar suas esposas, como amam seu próprio corpo...
Deus, na intenção de proteger seu Filho, dava ordens a José, a cabeça da família, o
protetor e guardião da Sagrada Família, e Maria obedecia em silêncio.
Hoje em dia tudo é tão diferente!
Parece antiquado, ultrapassado essa maneira de agir de Maria.
Mas será que o comportamento dos casais de hoje é melhor, é salutar e enriquecedor
dentro do lar, no relacionamento entre esposos e filhos?
A mulher moderna sabe silenciar? Sabe acatar? Ou não sabe nem ouvir?
Pobre dos homens! Perderam a sua identidade!
Como se comportar com mulheres tão autoritárias, auto-suficientes e independentes?
Onde está o silêncio de Maria nas mulheres de hoje?
O feminismo passou à frente da feminilidade e da fragilidade do ser mulher. Como o
homem deve se comportar diante dessa falsa representação?
"Maridos, comportai-vos sabiamente no vosso convívio com as vossas mulheres, pois
são de um sexo mais fraco... Tratai-as com todo respeito..."
Mas... a mulher se apresenta à frente do silêncio e o marido perde o controle da
situação, não sabe como agir.
O silêncio é um tesouro que temos guardado dentro de nós que vale mais que
diamantes.
Muitas vezes ele vale a própria vida, a felicidade, o amor.
Maria, mesmo nas suas dificuldades, sabia silenciar, não reclamava, não murmurava,
simplesmente silenciava. E nesse seu silêncio, falava com Deus, rezava e Dele recebia o
consolo.
Na alegria, silenciava e nesse silêncio de felicidade glorificava a Deus.
"Jesus foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com
Ele."
Maria e José, juntamente com Jesus que estava com doze anos, foram a Jerusalém para
a festa da Páscoa. Terminados os dias da festa, Maria e José voltaram para Nazaré e Jesus
ficou em Jerusalém sem que eles percebessem. Pensavam que Jesus pudesse estar à frente ou
atrás da caravana com amigos, porém quando chegaram não acharam o menino.
Voltaram e O encontraram no Templo e Maria lhe disse: "Filho, porque agiste assim
conosco? Olha, teu pai e eu estávamos angustiados, à tua procura!"
Jesus parece responder o óbvio: "Porque me procuráveis? Não sabíeis que eu devo
estar naquilo que é de meu Pai?"
Maria e José não compreenderam, mas silenciaram.
E Jesus, como Filho obediente e submisso a seus pais, voltou com eles para Nazaré, em
silêncio.
"Sua mãe guardava todas estas coisas no coração."
Guardar no coração é mergulhar na alma, silenciar no espírito.
Ela viveu trinta anos de silêncio absoluto. Jesus, seu Filho é o próprio Deus e vive
também no silêncio, na discrição e na simplicidade de sua pobre vida cotidiana. Ambos se
unem no silêncio contemplativo ao Pai.
Um silêncio obediente!
Um silêncio esperançoso!
Maria nos ensina na alegria e na dor a fazermos silêncio.
Um silêncio que ora, que louva, que clama, que chora também.
Um silêncio de sim a Deus em todos os momentos de nossa vida.
Aprendamos a silenciar nossa vontade em favor de Deus, a exemplo do silêncio de
Maria.

Capítulo extraído do Livro Dia a dia com Maria  
Rachel Lemos Abdalla- Ed. Komedi

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Luteranos, protestantes e a Virgem Maria

Um grupo de teólogos luteranos da Alemanha publicou um texto intitulado Manifesto de Dresden, na revista “Spiritus Domini”, onde questionam a atitude dos “cristãos evangélicos” que ignoram os milagres que acontecem em locais marianos, como Lourdes e Fátima, e por isso, acabam ignorando a própria Virgem Maria.

O documento pergunta: “Por que um cristão evangélico pode ter o direito de ignorar tais realidades, pelo fato de se apresentarem na Igreja Católica e não na sua comunidade religiosa? Tais fatos não deveriam, ao contrário, levar-nos a restaurar a figura da Mãe de Deus na Igreja Evangélica?”.

O Texto luterano afirma que as curas em santuários marianos devem receber credibilidade, pois “sabemos, ou deveríamos saber, que as curas de Lourdes e Fátima são examinadas com elevado rigor científico por médicos católicos e não-católicos”.

O manifesto afirma que “seria o cúmulo da tolice ignorarmos a voz de Deus, que fala ao mundo pela mediação de Maria, e dar-lhes as costas unicamente porque Ele faz ouvir sua voz através da Igreja Católica”.

Segundo o manifesto, umas das causas do esquecimento de Maria pelas outras religiões foi a Guerra dos 30 anos (século XVII, entre luteranos e católicos) e na época dos livres pensadores da metade do século XVIII, que, “sufocando no coração dos evangélicos o culto da Virgem, destruíram os sentimentos mais delicados da piedade cristã”.

O Manifesto de Dresden lembra que “Lutero honrou Maria até o fim de sua vida; santificava suas festas e cantava diariamente o Magnificat”.

Mas como causa principal do esquecimento, e até mesmo de certo repudio de Maria, o manifesto afirma que “o temor de diminuir a glória de Jesus foi a causa de que as Igrejas Evangélicas negassem à Maria a veneração e os louvores devidos”.

O texto conclui o tema ao combater esse “temor”, argumentando que “através da justa veneração que aos apóstolos e a ela corresponde, multiplica-se a glória e o louvor ao Senhor, porque foi Ele que a elegeu (e a fez) pela Sua Graça um instrumento seu. Jesus espera que veneremos Maria e a amemos”. (Folha de SP, da Redação, 27 julho 2007)

Graças a Deus os luteranos superaram o erro da maioria dos protestantes que pensam que os católicos prestam um culto de adoração (latria) à Virgem Maria, quando na verdade é um culto de veneração apenas (dulia); e que este culto não põe Jesus nas sombras, ao contrário o enaltece, uma vez que a Virgem sua Mãe é santa e Imaculada por graça do seu Filho.

São Paulo ensina que “há um só medianeiro entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, que Se deu a Si mesmo em redenção por todos” (1Tm 2,5-6); e com isso o Apóstolo mostra que nenhuma outra pessoa tem em si mesma autoridade própria, nem merecimentos próprios, para se apresentar diante de Deus como medianeira dos homens. Mas essa mediação única e necessária de Jesus, suficiente e absoluta, não exclui outros medianeiros dependentes de Cristo.

Ensina o ‘Doutor Angélico’ (S. Tomás) que nada se opõe a que também outros se designem medianeiros entre Deus e os homens, enquanto como ministros e instrumentos cooperam na união dos homens com Deus, como os anjos e santos do céu, os profetas e sacerdotes de ambos os testemunhos. Esta dignidade gloriosa cabe em ponto mais elevado à Santíssima Virgem.

Também o Concílio Vaticano II nos ensina que “um só é o nosso Mediador… Todavia a materna missão de Maria a favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui essa mediação única de Cristo, mas até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem a favor dos homens não se origina de alguma necessidade interna mas do divino beneplácito. Flui dos superabundantes méritos de Cristo, repousa em Sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a força. De modo algum impede, mas até favorece a união imediata dos fiéis com Cristo” (Lúmen Gentium, 60).

E o mesmo Concílio fala com toda sua autoridade:“A Igreja não hesita em proclamar esse múnus subordinado de Maria. Pois sempre de novo o experimenta e recomenda-o aos fiéis para que, encorajados por essa maternal proteção, mais intimamente adiram ao Mediador e Salvador” (LG n. 62).

Fonte: Blog Prof. Felipe Aquino - publicado em 7 de agosto de 2007

Citações protestantes sobre a Virgem Maria

Lutero disse: “Ela Maria nos ensina como devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem pro­curar nele o nosso interesse… Eis um modo elevado, puro e nobre de louvar: é bem próprio de um espírito alto e nobre corno o da Virgem. ” (“Maria Mãe dos homens”, Edições Paulinas, SP, p. 561).

"O que são as servas, os servos, os senhores, as mulheres, os príncipes, os reis, os monarcas da terra, em comparação com a Virgem Maria, que, além de ter nascido de uma estirpe real, é também Mãe de Deus, a mulher mais importante da Terra? No meio de toda a Cristandade ela é a jóia mais preciosa depois de Cristo, a qual nunca pode ser suficientemente exaltada; a imperatriz e rainha mais digna, elevada acima de toda nobreza, sabedoria e santidade”.
(Lutero - Livro “Maria – Der Weg der Mutter des Herrn” - M. Basiléia)

“Por justiça teria sido necessário encomendar-lhe um carro de outro e conduzi-la com 4000 cavalos, tocando a trombeta diante da carruagem, anunciando: “Aqui viaja a mulher bendita entre todas as mulheres, a soberana de todo o gênero humano”. Mas tudo isso foi silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo, e apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria”.
João Calvino 
(Lutero - Livro “Maria – Der Weg der Mutter des Herrn” - M. Basiléia)

Calvino disse: “Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Comm. Sur l’Harm. Evang.,20)


John Wesley, fundador da Igreja metodista na Inglaterra, em 1739, disse: “Creio que Jesus foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou virgem pura e imaculada.”