O documento pergunta: “Por que um cristão evangélico pode ter o direito de ignorar tais realidades, pelo fato de se apresentarem na Igreja Católica e não na sua comunidade religiosa? Tais fatos não deveriam, ao contrário, levar-nos a restaurar a figura da Mãe de Deus na Igreja Evangélica?”.
O Texto luterano afirma que as curas em santuários marianos devem receber credibilidade, pois “sabemos, ou deveríamos saber, que as curas de Lourdes e Fátima são examinadas com elevado rigor científico por médicos católicos e não-católicos”.
O manifesto afirma que “seria o cúmulo da tolice ignorarmos a voz de Deus, que fala ao mundo pela mediação de Maria, e dar-lhes as costas unicamente porque Ele faz ouvir sua voz através da Igreja Católica”.
Segundo o manifesto, umas das causas do esquecimento de Maria pelas outras religiões foi a Guerra dos 30 anos (século XVII, entre luteranos e católicos) e na época dos livres pensadores da metade do século XVIII, que, “sufocando no coração dos evangélicos o culto da Virgem, destruíram os sentimentos mais delicados da piedade cristã”.
O Manifesto de Dresden lembra que “Lutero honrou Maria até o fim de sua vida; santificava suas festas e cantava diariamente o Magnificat”.
Mas como causa principal do esquecimento, e até mesmo de certo repudio de Maria, o manifesto afirma que “o temor de diminuir a glória de Jesus foi a causa de que as Igrejas Evangélicas negassem à Maria a veneração e os louvores devidos”.
O texto conclui o tema ao combater esse “temor”, argumentando que “através da justa veneração que aos apóstolos e a ela corresponde, multiplica-se a glória e o louvor ao Senhor, porque foi Ele que a elegeu (e a fez) pela Sua Graça um instrumento seu. Jesus espera que veneremos Maria e a amemos”. (Folha de SP, da Redação, 27 julho 2007)
Graças a Deus os luteranos superaram o erro da maioria dos protestantes que pensam que os católicos prestam um culto de adoração (latria) à Virgem Maria, quando na verdade é um culto de veneração apenas (dulia); e que este culto não põe Jesus nas sombras, ao contrário o enaltece, uma vez que a Virgem sua Mãe é santa e Imaculada por graça do seu Filho.
São Paulo ensina que “há um só medianeiro entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, que Se deu a Si mesmo em redenção por todos” (1Tm 2,5-6); e com isso o Apóstolo mostra que nenhuma outra pessoa tem em si mesma autoridade própria, nem merecimentos próprios, para se apresentar diante de Deus como medianeira dos homens. Mas essa mediação única e necessária de Jesus, suficiente e absoluta, não exclui outros medianeiros dependentes de Cristo.
Ensina o ‘Doutor Angélico’ (S. Tomás) que nada se opõe a que também outros se designem medianeiros entre Deus e os homens, enquanto como ministros e instrumentos cooperam na união dos homens com Deus, como os anjos e santos do céu, os profetas e sacerdotes de ambos os testemunhos. Esta dignidade gloriosa cabe em ponto mais elevado à Santíssima Virgem.
Também o Concílio Vaticano II nos ensina que “um só é o nosso Mediador… Todavia a materna missão de Maria a favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui essa mediação única de Cristo, mas até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem a favor dos homens não se origina de alguma necessidade interna mas do divino beneplácito. Flui dos superabundantes méritos de Cristo, repousa em Sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a força. De modo algum impede, mas até favorece a união imediata dos fiéis com Cristo” (Lúmen Gentium, 60).
E o mesmo Concílio fala com toda sua autoridade:“A Igreja não hesita em proclamar esse múnus subordinado de Maria. Pois sempre de novo o experimenta e recomenda-o aos fiéis para que, encorajados por essa maternal proteção, mais intimamente adiram ao Mediador e Salvador” (LG n. 62).
Fonte: Blog Prof. Felipe Aquino - publicado em 7 de agosto de 2007
Citações protestantes sobre a Virgem Maria
"O que são as servas, os servos, os senhores, as mulheres, os príncipes, os reis, os monarcas da terra, em comparação com a Virgem Maria, que, além de ter nascido de uma estirpe real, é também Mãe de Deus, a mulher mais importante da Terra? No meio de toda a Cristandade ela é a jóia mais preciosa depois de Cristo, a qual nunca pode ser suficientemente exaltada; a imperatriz e rainha mais digna, elevada acima de toda nobreza, sabedoria e santidade”.
(Lutero - Livro “Maria – Der Weg der Mutter des Herrn” - M. Basiléia)
“Por justiça teria sido necessário encomendar-lhe um carro de outro e conduzi-la com 4000 cavalos, tocando a trombeta diante da carruagem, anunciando: “Aqui viaja a mulher bendita entre todas as mulheres, a soberana de todo o gênero humano”. Mas tudo isso foi silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo, e apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria”.
(Lutero - Livro “Maria – Der Weg der Mutter des Herrn” - M. Basiléia)
Calvino disse: “Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Comm. Sur l’Harm. Evang.,20)
John Wesley, fundador da Igreja metodista na Inglaterra, em 1739, disse: “Creio que Jesus foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou virgem pura e imaculada.”
João Calvino |
Calvino disse: “Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Comm. Sur l’Harm. Evang.,20)
John Wesley, fundador da Igreja metodista na Inglaterra, em 1739, disse: “Creio que Jesus foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou virgem pura e imaculada.”
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