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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Virgem de Guadalupe desafiando a ciência


Proporções do poncho- A imagem estampada é de 143 cm de altura. Aparece uma jovem morena, aparentando 18a 20 anos e trajando um vestido comprido. O poncho, chamado de ayate, é composto de três lados e confeccionado de cacto, chamado "maguey", grosseiramente confeccionado, assemelhando-se a um saco de estopa. Cada lado mede perto de 50 cm de largura. Ocupando dois desses lados está desenhada a imagem da jovem. O terceiro lado está dobrado para detrás das outras.
Exames científicos- Em 1966 reuniu-se uma comissão de sete pintores, os mais famosos de então, que após um estudo demorado, deram seu parecer sobre o desenho do ponche, perante escrivães e dignatários.
      Em 1751, Miguel Cabrera, chamado também de "Miquelângelo mexicano" e mais três outros pintores de renome voltaram a realizar novos estudos sobre a pintura. Desde então, repetidamente, vem sendo realizado este trabalho científico, cada vez com meios mais adequados (tais como raio X, análises químicas e novas modalidades de investigação) na medida em que a Ciência avança e facilita melhores técnicas.
      No transcorrer do tempo, os homens tentaram realçar as cores para que fossem vistas melhor de longe e pretenderam introduzir outros "enfeites". Nas nuvens foram pintados anjos (desapareceram com o tempo) Os raios de sol foram recobertos de ouro(o ouro está descascando). A lua branca foi "iluminada com prata- ( ficou preta e o preto está descascando) Pintaram uma coroa sobre a cabeça( com dificuldade pode ser vista ainda).
      As tintas- Pintores e análises químicas não desvendaram ainda a origem das tintas empregadas. Mauel Garibi, um perseverante examinador da pintura, resume assim a estranheza dos investigadores, principalmente quanto ao dourado que aparece nos perfis do vestido, nas quarenta e seis estrelas, nos arabescos e nos 129 raios de sol..
      "O dourado é transparente e sob este se vêem os fios do poncho. E como não exista nenhum material que seja transparente, nem sequer o cobre e o ouro, elementos indispensáveis para que o homem possa executar um dourado. Esse dourado,dotado de transparência, não pode ser obra humana".
      Incorrupção- A pintura resistiu à umidade e ao salitre, muito abundante e muito corrosivo naquela região, antes de ter sido secado o lago Texcoco. Quadros de contextura mais firme, perderam a cor e se danificaram em poucos anos
      O tecido da tela é de tão má qualidade que deveria ter se desintegrado em questão de 20 anos. Atualmente tem 472 anos. Até as madeiras e metais( prata, ouro e bronze) não duravam então, mais que um século.
      O tramado da tecelagem é tão separado e tão imperfeito (comprovado cientificamente em 1751) que olhando por detrás do poncho, pode-se ver através, como se fosse uma peneira, podendo, sem que o tecido atrapalhe, ver os objetos e a claridade. Esta experiência foi realizada várias vezes, conforme testemunho de Cabrera.
      Durante 116 anos, de 1531 a 1647, a pintura esteve desprotegida e exibida em várias procissões solenes. A veneração popular levou piedosos e doentes a que beijassem as mãos e a face da pintura ou que fosse tocada com objetos cujo material deveria ter deteriorado ou destruído o tecido e a pintura.
      Carlos Maria Bustamante conta que em 1791, quando os peritos estavam limpando o ouro que enquadra a imagem, foi derramado um vidro de ácido nítrico, de extraordinário poder corrosivo. "Onde está a força corrosiva do ácido? (pergunta Bustamante) que derramado de alto a baixo no poncho, deixou apenas um vestígio como testemunho do prodígio para a posteridade.
      Hoje percebe-se, de perto, uma leve mancha como de água, no lado esquerdo da jovem e salpiques em vários outros lugares.     A análise química confirma: é ácido nítrico.

      Reflexo nos olhos- No ano de 1929, o fotógrafo Alfonso Marené Gonzáles, enquanto realizava o exame de uns negativos fotográficos, muito ampliados, descobriu uma figura refletida nos olhos da jovem de Tequatlaxopeuh. Naquele tempo, as autoridades eclesiásticas pediram-lhe prudentemente que não publicasse suas observações até obter uma comprovação científica.
      Em 1951, Carlos Salinas fez uma descoberta semelhante e o Arcebispo do México, Dom Luis Maria Martinez, nomeou uma comissão para estudar o fenômeno.
     
Foi somente em 1955 que o México soube pela rádio a notícia de que nos olhos da Virgem de Guadalupe aparecia uma pessoa espelhada- a exemplo do que acontece com os olhos vivos de uma pessoa. É um fenômeno muito comum no mecanismo normal da visão humana. Não se produz apenas um reflexo das figuras que vemos, mas três diferentes e superpostas. Esta tríplice imagem leva o nome de seus descobridores: Sanson (Oftalmologista de Paris) e Purkinje (médico de Breslau - Alemanha).
      Estudos feitos em épocas diferentes e posteriormente confrontados e formando uma só teoria, foram cientificamente comprovados e admitidos por todas as escolas de oftalmologia.
      Tal como toda imagem se reflete em nossos olhos, assim a cena que ocorreu quando o índio Juan Diego abriu o manto para mostrar as flores, se refletiu nos olhos da "Virgem de Guadalupe". Tríplice imagem em cada olho, no lugar exato, com a curvatura exata... O índio Juan Diego e as demais pessoas presentes no local, tal como estaria sendo visto pelos olhos da jovem que lhe "apareceu", saíram refletidas nos olhos da imagem que ficou gravada no poncho.
      Não parecem olhos pintados, mas olhos naturais, humanos, vivos.
      Diversos oftalmologistas examinaram os olhos da "Virgem de Guadalupe". Deixemos a palavra ao Dr. Rafael Torrija Lavagnet: "Utilizei um Oftalmoscópio como fonte luminosa e lente de aumento, que me permitiu uma percepção mais perfeita dos detalhes. Certifico: -que o reflexo de um busto humano é observado no olho direito da imagem. -Que o reflexo desse busto humano se encontra na córnea. -que a distorção do mesmo corresponde à curvatura normal da córnea. -que além do busto humano, observam-se no dito olho dois reflexos luminosos correspondentes às imagens de sanson-Purkinje. -que esses reflexos luminosos tornam-se brilhantes ao refletir a luz que é enviada diretamente. -que os reflexos luminosos mencionados demonstram que o busto humano é uma imagem refletida na córnea e não uma ilusão de ótica, causada pela textura do poncho. -que na córnea do olho esquerdo da imagem se percebe, com suficiente claridade, o reflexo correspondente do citado busto humano. É impossível obter esse reflexo numa superfície plana e escura."

       As estrelas no manto da virgem - De acordo com o Doutor Juan Homero Hernández Illescaz se comprova, com exatidão, que no manto da virgem de Guadalupe, está reproduzido o céu do dia 12 de dezembro: a manhã do solstício do inverno de 1531.   
 No manto estão representadas as estrelas mais brilhantes das principais constelações visíveis do Vale de Anáhuac do dia 12 de dezembro de 1531. Ali, estão as constelações completas, comprimidas.
 A extraordinária distribuição das estrelas não pode ser produto do acaso ou coincidência, pois nenhuma distribuição ao acaso pode representar com exatidão, em sua totalidade, as constelações de estrelas de um momento determinado.
Para os indígenas, o solstício de inverno era o dia mais importante em seu calendário religioso. O sol vencia as trevas e ressurgia vitorioso. Por isso, não é casual que precisamente neste dia ocorreu tão grandioso milagre.
      
      O dia do milagre - Terça-feira, 12 de dezembro de 1531, de acordo com o calendário Juliano ou 22 de dezembro do calendário astronômico que usavam os indígenas, ocorreu a aparição santa imagem da Virgem de Guadalupe no ayate (espécie de poncho) que usava o índio Juan Diego.Neste mesmo dia, pela manhã, ocorreu o solstício de inverno, que para as culturas pré-hispânicas significava que o sol enfraquecido recobrava o vigor, o retorno da vida.
     Se conhece pelo nome de solstício (Do latim solstitiu) aos dois momentos, no verão e no inverno, nos quais a terra se encontra mais distante do sol em sua órbita. Época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do equador. 
Na opinião do Doutor Juan Homero Hernández Illescaz, a virgem de Guadalupe aparece completa no firmamento, para oferecer, com seu manto celestial, proteção para todo o mundo.


Apresentamos alguns aspectos principais do fenômeno de Guadalupe. Existem muitos outros detalhes fantásticos. Apresentamos as conclusões obtidas por especialistas nos respectivos campos da ciência.
Fonte:http://oepnet.sites.uol.com.br/nossasenhora.htm

Nossa Senhora de Guadalupe

HISTÓRIA
      O índio Juan Diego, cujo nome asteca era Cuauhtlatohayc, nasceu em 1471, perto da cidade do México, na aldeia de Cautitlán, pertencente aos índios Mazehuales.
      Era então Arcebispo da cidade do México, Dom Juan de Zumárraga, franciscano basco. Era o segundo bispo da Nova Espanha.
      Conforme a lenda e tradição, no Sábado, 9 de dezembro de 1531, pelas seis horas da manhã, quando o índio Juan Diego se dirigia de sua aldeia para a de Tolpetlac para assistir uma função religiosa na missão franciscana de Tratetolco, ao chegar ao monte Tepeyac, às margens do lago Texcoco, viu uma jovem de uns 15 anos, que lhe ordenou ir falar com o Bispo a fim de pedir-lhe que construísse um templo no vale próximo.
      No mesmo dia a tarde por volta das 5 horas da tarde, Juan Diego vê novamente a jovem, lhe relata a incredulidade do bispo e pede que escolha outro mensageiro.Porém a jovem insiste em sua missão de ir ter novamente com o bispo e pedir a construção do templo.
      No dia seguinte, 
Domingo 10 de dezembro, 3 horas da tarde, Juan Diego fala novamente com o bispo, que ainda não acredita e pede algum sinal. Pela terceira vez a jovem lhe "aparece" e ordena a Juan Diego que volte ao monte no dia seguinte para receber o sinal pedido pelo bispo.

      Entretanto, no dia seguinte, Juan Diego, não vai ao monte devido a doença de seu tio Juan Bernardino. Na madrugada do dia 12 de dezembro, terça-feira, devido a gravidade da doença de seu tio, Juan Diego sai de sua aldeia para buscar um sacerdote, e rodeia o monte para não encontrar a virgem. Porém, mesmo assim ela lhe "aparece", fala que seu tio ficará curado, e pede que vá ao monte buscar rosas que seria o sinal. Ao seu regresso, a virgem diz: Estas diferentes flores são a prova, o sinal que levarás ao bispo.Diga-lhe que veja nelas meu desejo, e com isso, execute minha vontade.
      Ao mesmo tempo que Juan Diego encontra a jovem, ela "aparece" também a seu tio doente, cura instantaneamente suas enfermidades e manifesta seu nome: "Sempre Virgem Santa Maria de Guadalupe". 
      No dia 12 de dezembro, após a quarta "aparição", Juan Diego leva em seu poncho, como prova, rosas frescas de Toledo(e isto em pleno inverno mexicano). Já na casa do bispo, por volta do meio dia, na hora que abriu o poncho(ayate) onde estavam embrulhadas as flores, estava a imagem: "A Virgem de Tequatlaxopeuh". A mesma que hoje se venera na Basílica de Guadalupe.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós !

A Igreja e o desarmamento


Fonte: http://padrepauloricardo.org

terça-feira, 3 de maio de 2011

Nossa Senhora Auxiliadora

Mãe da Igreja e Auxiliadora dos Cristãos

Quadro de Nossa Senhora Auxiliadora venerado no altar-mor da basílica que, em sua honra, Dom Bosco construiu em Turim, Itália.
Seus mais de sete metros de altura por quatro de largura traduzem bem o título de "Mãe da Igreja e Auxiliadora dos cristãos".
Num trono de nuvens, Maria apresenta ao mundo o Menino Jesus de braços abertos, como a oferecer suas bênçãos à Igreja representada pelos Apóstolos e Santos, que a aclamam Mãe e Auxiliadora.
Ideado por Dom Bosco, é obra do pintor Tommaso Lorenzone, que durante seu trabalho declarou a um sacerdote: "Não é obra minha. Não sou eu que o estou pintando. Outra mão parece guiar minha mão".
Embaixo, Dom Bosco fez colocar a Basílica de Maria Auxiliadora e o Oratório de seus meninos.
Quando, em 1865, Dom Bosco encarregou o pintor Tomás Lorenzone de pintar o quadro, causou grande admiração a todos os que o escutavam, pela grandiosidade do projeto, como se falasse de uma cena já vista:"Ao alto, Maria SS., entre os coros dos Anjos. Depois os coros dos profetas, das Virgens, dos Confessores. No chão, os emblemas das grandes vitórias de Maria e os povos do mundo levantando as mãos para ela pedindo ajuda".
O pintor notou-lhe que para pintar um quadro do gênero, seria preciso uma praça e para o guardar, uma igreja grande como Piazza Castello. Dom Bosco resignou-se a ver o seu projeto reduzido. Lorenzone alugou um espaço no Palazzo Madama e pôs-se ao trabalho.
Dom Bosco compreendeu que o pintor tinha razão; e ficou decidido que o quadro teria Nossa Senhora, os Apóstolos, os Evangelistas, e um grupo de anjinhos. Em baixo, devia aparecer o Oratório de Turim, e, ao fundo, a Basílica de Superga.
Terminada a pintura, o pintor disse a um sacerdote salesiano que foi visitá-lo: "Contemple como é belo! Porém, não é obra minha. Não fui eu que o pintei. Foi outra mão que guiou a minha. Diga a Dom Bosco que o quadro sairá como ele o deseja."
Depois de três anos de trabalho, o grande quadro ficou pronto e foi levado e pendurado na Basílica de Maria Auxiliadora, Turim. Lorenzone, ao ver o quadro no lugar, ficou comovido. Caiu de joelhos e começou a soluçar!


Dom Bosco descreve-o assim:
"A Virgem domina num mar de luz e majestade. Está rodeada de uma multidão de Anjos que a homenageiam como rainha. Na mão direita segura o cetro, que é símbolo do seu poder; Na mão esquerda segura o Menino que tem os braços abertos, oferecendo assim as suas graças e a sua misericórdia a quem recorre à sua augusta Mãe. À volta e em baixo estão os santos Apóstolos e os Evangelistas. Eles, transportados por um doce êxtase, quase exclamam: Regina Apostolorum, ora pro nobis. Olham atônitos a Virgem Maria. No fundo da pintura está a cidade de Turim, com o santuário de Valdocco em primeiro plano e com o de Superga ao fundo. Aquilo que tem maior valor no quadro é a idéia religiosa, que gera uma devota impressão em quem o olha".
Segundo a descrição feita por Dom Bosco, o quadro é uma eficaz representação do título "Maria, Mãe da Igreja". E uma grande página de catequese mariana. Maria, enquanto Mãe do Filho de Deus, é a Rainha do céu e da terra: toda a Igreja, representada pelos apóstolos e pelos Santos, a aclama como Mãe e Auxiliadora poderosa.
Nossa Senhora é representada no alto, entre as nuvens, como Rainha do Céu, com o cetro na mão, símbolo de seu poder. A pomba estende as suas asas sobre a cabeça; e, mais em cima, o olho de Deus Pai, que ilumina tudo de vivíssima luz. Fazem coroa à Virgem diversos grupos de engraçados anjinhos. Maria Auxiliadora é rodeada, portanto, de Anjos que lhe fazem coroa e lhe prestam homenagem como a sua Rainha.
Com a mão direita, Nossa Senhora segura o cetro, símbolo do poder; com a esquerda, segura o Menino Jesus, que tem os braços abertos, oferecendo assim suas graças e sua misericórdia a quem recorre à sua querida Mãe. Na cabeça tem uma coroa de doze estrelas, com a qual é proclamada Rainha do céu e da terra.
Os Apóstolos Pedro (com as chaves) e Paulo (com a espada) ocupam no quadro o lugar principal, depois da Virgem Mãe. Os dois estendem os braços para Nossa Senhora, como para impetrar sua proteção. Atrás deles, estão os quatro Evangelistas, com os respectivos símbolos.
À direita, São Lucas, sentado sobre o touro, leva-nos a pensar no lugar do sacrifício, próprio do Antigo Testamento. Com efeito, o Evangelho de São Lucas começa com o sacrifício do sacerdote Zacarias.
Acima de Lucas, está São Mateus, coberto com um manto branco, tendo nos braços o menino em forma de anjo, porque ele começa o seu Evangelho, enumerando os antepassados humanos de Jesus.
À esquerda, São Marcos, sentado sobre o leão, para lembrar o grito que o Evangelista brada, no começo do seu Evangelho, quando diz: "Voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor!"
Mais acima, é representado São João Evangelista. Das nuvens que estão na frente dele, aparece uma águia, para significar que ele, escrevendo o Evangelho, levantou o vôo como águia, como Aquele pelo qual foram feitas todas as coisas.
Os Apóstolos, em diversas atitudes, aos pés de Nossa Senhora, levando os instrumentos de seu martírio. Em baixo, entre os Apóstolos Pedro e Paulo, aparece a Basílica de Maria Auxiliadora e, no horizonte, a colina de Superga, com o templo dedicado à Virgem Mãe de Deus, Maria Santíssima.
O Papa Leão XIII, por ocasião do 25º ano de seu pontificado, decretou a solene coroação da imagem de Maria Auxiliadora. Para a solene cerimônia, foi delegado o Cardeal A. Richelmy, Arcebispo de Turim. A cerimônia deu-se no dia 17 de maio de 1903, dia que ficará eternamente glorioso na história da devoção a Nossa Senhora Auxiliadora.
No dia nove de junho de 1918, o Cardeal Salesiano João Cagliero, por decreto do Papa Bento XV, coroou a imagem de Maria Auxiliadora e colocou um cetro de ouro, dons da Princesa Isabel Czartoryski. Era o primeiro cinqüentenário da consagração do Santuário e Jubileu de Ouro do P. Paulo Álbera, segundo Reitor-Mor dos Salesianos.
O pintor do quadro, Tomás Lorenzone, que nasceu em 1824 e faleceu em 1902, pintou exclusivamente objetos religiosos. Pintor humano e religioso. Trabalhou nas igrejas de Turim e do Piemonte.


Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós !

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos

Padre Tiago Alberione, fundador da "Família Paulina" (família formada de cinco congregações e três institutos), quis colocar as congregações sob a proteção de São Paulo Apóstolo e sob o olhar de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos.

Padre Alberione em sua ação missionária sentiu, de maneira especial, a presença da Mãe de Deus, e quis que seus discípulos e discípulas a venerassem sob o título de Rainha dos Apóstolos. Desejando uma imagem que representasse de uma forma especial e significativa, Maria oferecendo ao mundo seu Filho que tem nas mãos um papiro simbolizando o Evangelho, encomendou um grande painel da Virgem Santíssima ao artista romano João Batista Conti.

A pintura do quadro da Rainha dos Apóstolos, realizada pelo pintor João Batista Conti, em 1935, é considerada unanimemente como a reprodução oficial e fiel da idéia de Padre Alberione. Nele Maria aparece de pé diante do altar oferecendo Jesus ao mundo como a Verdade para contemplar enquanto Jesus traz na mão um pergaminho enrolado. O apóstolo Paulo está em primeiro plano com a espada na mão e um livro fechado. São Pedro, no centro do quadro, com a mão erguida aponta para a Rainha dos Apóstolos que está circundada pela luz do Espírito Santo. Os dois apóstolos são considerados as colunas da Igreja. Alguns apóstolos e santos estão em atitude de oração ou absortos em meditação.

Este quadro foi colocado na igreja de Alba, Itália, igreja matriz das congregações paulinas, edificada em agradecimento à proteção de Nossa Senhora aos seus filhos.

Existe outra representação de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, onde Maria aparece juntamente com os apóstolos, no dia de Pentecostes.

Como diz Alberione: "O Espírito Santo habitou de modo permanente em Maria, foi o seu mestre, o seu guia. Ela alcançou o conhecimento mais profundo da revelação de Deus contida nos livros do Antigo Testamento e viveu-a de forma plena. O 'Magnificat' mostra-nos quanto conhecia sua doutrina, quanto a vivia e a usava na oração e na meditação".

Contudo, a invocação a Maria como Rainha dos Apóstolos não é recente, pois já existia nas Ladainhas Loretanas, instituídas por São Gregório Magno no século VII, atualizadas posteriormente. É também bastante conhecido nos meios artísticos um mosaico bizantino do século XII, na igreja do Torcello (Itália), no qual a Mãe de Deus aparece de pé com o Menino Jesus ao colo, rodeada pelos doze apóstolos.

Muito tempo antes de Tiago Alberione, São Vicente Pallotti o fundador da Sociedade do Apostolado Católico, já havia colocado a sua obra missionária sob a tutela da Rainha dos Apóstolos, a fim de que os seus filhos, unidos em sincera e profunda devoção a Maria, com Ela e por Ela alcançassem as luzes e graças do Espírito Santo para tornarem-se destemidos propagadores do Reino de Cristo.

Através da história, a Santíssima Virgem tem-se manifestado sempre como Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos, atendendo solícita às súplicas de todos aqueles que de qualquer maneira trabalham para o anúncio da mensagem do Evangelho e a expansão do Reino de Deus.


Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, rogai por nós !

Canonização e Beatificação

Beatificação e canonização: diferenças e semelhanças

A beatificação é quando o Papa declara alguém Beato (ou Bem-aventurado), como são atualmente o Beato Anchieta, e os Beatos Mártires do RN; a canonização é quando o Papa declara que um beato é Santo, com aconteceu com Santa Paulina (de Beata Paulina passou a ser chamada Santa Paulina; o mesmo deverá acontecer um dia com os outros nossos beatos).

primeira diferença entre a beatificação e a canonização é
quanto ao tipo de ensinamento da Igreja.Quando o Papa declara alguém Beato isso é considerado um ensinamento oficial da Igreja a respeito dessa pessoa. O que isso quer dizer? Que ela viveu as virtudes cristãs de forma
heróica, ou então, se é o caso de um mártir, que ela recebeu um martírio verdadeiro (chama-se declaração de magistério ordinário). Quando alguém é declarado santo é diferente: isso é feito de forma solene, com uma declaração infalível, que só o Papa ou os bispos todos do mundo inteiro unidos em Concílio podem fazer (Essa declaração é chamada declaração de magistério infalível, ou seja, é um dogma, é uma verdade irrevogável e
definitiva). Quanto à vida virtuosa da pessoa, a canonização não acrescenta nada de novo ao que já foi falado na beatificação. A segunda diferença é quanto ao culto público que se presta a essas pessoas (culto público são as orações oficiais e públicas a essa pessoa em igrejas e oratórios, missas,
veneração oficial de suas relíquias, etc.): com a beatificação a Igreja permite que se preste culto público ao Beato somente em algumas regiões, ou seja, nas regiões onde ele viveu, e na canonização esse culto é estendido ao mundo inteiro, é universal.
Agora as semelhanças: a primeira semelhança entre a beatificação e a canonização é que ambas falam que essas  pessoas tiveram uma vida virtuosa e santa. A segunda semelhança é que, NA REGIÃO ONDE O BEATO VIVEU, ambas permitem ali o seu culto público.
Isso levanta uma questão: se formos olhar pela conveniência pastoral, ou seja, o proveito espiritual dos fiéis, nos países onde o beato viveu, a beatificação já é pastoralmente suficiente, pois permite o seu culto público. Os beatos ali já fazem parte do centro da vida da Igreja, que é a liturgia.

"João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica"


"E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica". Quando Bento XVI pronunciou essas palavras, a Praça de São Pedro estremeceu neste Domingo da Misericórdia, 1º de maio, data escolhida para a Beatificação do Papa polonês. Cerca de 1 milhão e meio de peregrinos dirigiram-se a Roma para fazer parte da cerimônia, uma das maiores da história da Igreja. 

Após os ritos iniciais da Santa Missa, o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, apresentou o pedido de Beatificação do até então Venerável Servo de Deus João Paulo II. Em seu pedido, o Cardeal lembrou João Paulo II como um homem que "mirava sempre o horizonte da esperança, convidando os povos a derrubar os muros das divisões".  Logo após, Bento XVI pronunciou a fórmula que tornou João Paulo II Beato da Igreja e, da mesma janela onde foi apresentado como Papa ao mundo, em 1978, foi desvelada a imagem oficial do novo Beato.
Bento XVI recordou que, embora a tristeza pela perda de João Paulo II fosse profunda no dia de sua morte, a sensação de que uma graça especial envolvia o mundo todo era ainda maior. "Já naquele dia sentíamos pairar o perfume da sua santidade, tendo o Povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele. Por isso, quis que a sua Causa de Beatificação pudesse, no devido respeito pelas normas da Igreja, prosseguir com discreta celeridade. E o dia esperado chegou! Chegou depressa, porque assim aprouve ao Senhor: João Paulo II é Beato! João Paulo II é Beato pela sua forte e generosa fé apostólica", exclamou.

O Santo Padre ressaltou que a bem-aventurança eterna de João Paulo II é a da fé, dom que recebeu do Pai para edificar a Igreja. Nessa perspectiva, também a Mãe do Redentor revela-se como ponto fundamental da vida e espiritualidade do Papa polonês. "Hoje diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II. Hoje, o seu nome junta-se à série dos Santos e Beatos que ele mesmo proclamou durante os seus quase 27 anos de pontificado, lembrando com vigor a vocação universal à medida alta da vida cristã, à santidade", explicou.
Relíquia: Sangue do Beato João Paulo II
As palavras memoráveis pronunciadas por João Paulo II na sua primeira Missa solene, na Praça de São Pedro - "Não tenhais medo! Abri, melhor, escancarai as portas a Cristo!" - foram vividas por ele em primeira pessoa. "Aquilo que o Papa recém-eleito pedia a todos, começou, ele mesmo, a fazê-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, invertendo, com a força de um gigante – força que lhe vinha de Deus –, uma tendência que parecia irreversível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de coragem apostólica, acompanhado por uma grande sensibilidade humana, este filho exemplar da Nação Polaca ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de se dizerem cristãos, de pertencerem à Igreja, de falarem do Evangelho. Numa palavra, ajudou-nos a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade. Sintetizando ainda mais: deu-nos novamente a força de crer em Cristo, porque Cristo é o Redentor do homem", salientou Bento XVI.

Por fim, o Bispo de Roma agradeceu a Deus também pela experiência de colaboração pessoal que teve longamente com o Beato Papa João Paulo II, já que foi chamado por Wojtyla como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé ainda em 1982, somando 23 anos de amizade e colaboração.

"O meu serviço foi sustentado pela sua profundidade espiritual, pela riqueza das suas intuições. Sempre me impressionou e edificou o exemplo da sua oração. E, depois, impressionou-me o seu testemunho no sofrimento. A sua humildade profunda, enraizada na união íntima com Cristo, permitiu-lhe continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais eloquente, justamente no período em que as forças físicas definhavam. Assim, realizou de maneira extraordinária a vocação de todo o sacerdote e bispo: tornar-se um só com aquele Jesus que diariamente recebe e oferece na Eucaristia. Feliz és tu, amado Papa João Paulo II, porque acreditaste! Continua do Céu – nós te pedimos – a sustentar a fé do Povo de Deus. Amém".

Ao final da celebração, Bento XVI, juntamente com os cardeais, bispos e concelebrantes, dirigiu-se em procissão ao interior da Basílica de São Pedro, para rezar diante do caixão de João Paulo II, que continua exposto para veneração.


BEATO JOÃO PAULO II, ROGAI-POR NÓS

Fonte: Canção Nova - Daniel Machado (enviado especial a Roma) 
                                       Leonardo Meira (da Redação no Brasil)