O que fazer diante a tentação?
Repeli-la de pronto. A tentação nada pode nos fazer se a repelimos; se não dialogarmos com ela, é inofensiva. Porque desde o momento em que dialogamos com ela, em que ponderamos os prós e os contras do que nos diz, em que consideramos o que nos propõe, desde esse instante nossa fortaleza se enfraquece, nossa oposição se debilita. Uma vez iniciado o diálogo, necessitamos de muito mais força de vontade para repeli-la.
Outra coisa que nós confessores observamos, é que alguns penitentes, muito devotos, às vezes agoniam diante de certas tentações que os empurram a cometer grandes pecados. Essas pessoas, devotas e religiosas, não explicam como lhes vêm esses pensamentos e, além disso, se sentem muito culpadas e impotentes. Tendo compreendido o que é uma espécie inteligível infundida por um demônio, compreende-se que o melhor modo de trabalhar com ela é ignorá-la, fazer justamente o contrário do que nos propõe ou se pôr a rezar. Desesperar-se na serve para nada. Então, se um não se desespera, aquele que desespera é o demônio.
O demônio nos pode introduzir pensamentos, imagens ou recordações, porém não pode introduzir-se em nossa vontade. Podemos ser tentados, mas ao final fazemos o que queremos. Nem todos os poderes do inferno podem forçar alguém a cometer o mais leve pecado.
Fonte: Livro- SVMMA Daemoniaca – pag. 44
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